Aspectos Jurídicos e Práticos da Nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)
A promulgação da Lei n.º 13.709/2018, conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), trouxe à tona um novo paradigma na forma como as informações pessoais são tratadas no Brasil. Essa legislação não apenas altera o cenário jurídico, mas também apresenta desafios práticos para os operadores do direito e as empresas em suas rotinas de compliance.
Direitos dos Titulares de Dados
Os direitos estabelecidos no art. 18 da LGPD são fundamentais para garantir a transparência e o respeito à privacidade dos cidadãos. Entre eles, destacam-se:
- Confirmação da existência de tratamento;
- Acesso aos dados pessoais;
- Correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados;
- Eliminação dos dados quando solicitada pelo titular;
- Portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço.
O cumprimento desses direitos não é mera formalidade. O art. 7º da mesma lei estabelece que o tratamento de dados pessoais deve ser feito mediante o consentimento do titular, o que exige que advogados e empresas adotem medidas proativas para garantir conformidade. A jurisprudência, por sua vez, poderá orientar a interpretação dessas disposições, especialmente em casos de litígios relacionados à proteção de dados.
Desafios na Implementação da LGPD
Um dos principais desafios enfrentados por empreendimentos e operadores do direito diz respeito à necessidade de transparência nos processos de tratamento de dados. O art. 9º da LGPD requer que as informações sobre o tratamento sejam claras e acessíveis aos titulares, o que implica na criação de políticas de privacidade robustas e na adequada formação das equipes de trabalho.
Responsabilidade Civil e Penal
A responsabilização por violações à proteção de dados estabelece um novo campo para a atuação de advogados. As sanções previstas no art. 52, que incluem advertência, multa e até a eliminação de dados pessoais, exigem um acompanhamento mais rigoroso das práticas de tratamento de dados. Nesse contexto, é fundamental que os operadores do direito estejam atualizados sobre as deliberações do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Informação, o que pode influenciar decisões judiciais e administrativas.
Conclusão
As transformações impostas pela LGPD ressaltam a importância da atuação preventiva e estratégica por parte dos profissionais da área jurídica. A capacidade de adaptação e suporte na implementação de boas práticas em relação à proteção de dados se tornou uma competência essencial. Assim, cada vez mais, faz-se necessário que advogados e operadores do direito busquem aprofundar seus conhecimentos sobre o tema para garantir a segurança e a privacidade das informações de seus clientes.
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Assinado,
Eduardo Ribeiro