Fundamento Jurídico da Busca Pessoal: Limites, Prerrogativas e Implicações na Advocacia

Fundamento Jurídico da Busca Pessoal: Limites e Prerrogativas em Debate

No recente julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), discutiu-se a legalidade da busca pessoal sem mandado judicial, sob a alegação de existência de “suspeita fundada”. Tal deliberação propõe uma reflexão a profundo rigor sobre os limites da ação policial, o respeito aos direitos constitucionais e, especialmente, as implicações para a prática advocatícia.

O que é a “Suspeita Fundada”?

A “suspeita fundada” tem uma origem nas previsões do art. 5º, incisos X e XI, da Constituição da República, que garantem a todos os cidadãos a inviolabilidade do direito à intimidade e à vida privada, assim como a proteção quanto a uma busca sem mandado. Contudo, a definição de quando uma suspeita pode ser considerada “fundada” ainda carece de critérios objetivos, o que potencialmente adentra o campo da arbitrariedade policial.

A Decisão do STF

Ao decidir que a “suspeita fundada” pode justificar a busca pessoal em determinadas circunstâncias, o STF acena a um equilíbrio entre a necessidade de segurança pública e os direitos do indivíduo. A jurisprudência, como o exemplo do HC nº 384.257, ressalta que a fundamentação das suspeitas deve ser sempre criteriosa, sob pena de nulidade dos atos praticados pela autoridade policial.

Implicações Práticas para a Advocacia

É imperativo que os advogados estejam cientes das nuances dessa decisão e suas repercussões em casos práticos. A ação policial deve ser justificada e documentada, evitando abusos que comprometam a integridade do acusado e a eficácia da defesa. Solicitar a nulidade de provas obtidas por meio de busca pessoal sem mandado, se constatada a falta de “suspeita fundada”, consiste em uma estratégia válida a ser utilizada na defesa de um cliente.

Direitos do Acusado

  • Garantia de defesa técnica;
  • Preservação do direito ao silêncio;
  • Monitoramento rigoroso da atuação policial.

Estar atento a cada detalhe da abordagem policial e ao contexto que a justifica pode ser a diferença entre uma defesa robusta ou a aceitação de provas ilegais e, consequentemente, inválidas.

Considerações Finais

Diante do cenário exposto, a atuação da advocacia se torna mais relevante do que nunca. A defesa dos direitos constitucionais e a vigilância sobre possíveis abusos de autoridade são pilares fundamentais da prática jurídica. Os advogados devem estar preparados para contestar ações que não atendam aos critérios da lei, reivindicando sempre a justiça e a legalidade nas investigações.

Se você ficou interessado na busca pessoal e seus limites legais e deseja aprofundar seu conhecimento no assunto, então veja aqui o que temos para você!

(Autor: Ana Clara Macedo)

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