A Responsabilidade da Franqueadora: Um Olhar Jurídico sobre a Quebra de Contrato
O universo das franquias tem se mostrado cada vez mais complexo sob a ótica do direito contratual. Em um recente julgamento, a ausência de suporte por parte da franqueadora foi considerada como fator determinante para a caracterização da quebra de contrato. Mas o que realmente isso significa para advogados que atuam nesse ramo?
O Que Diz a Legislação?
A Lei de Franquias (Lei nº 13.966/2019) estabelece que as franqueadoras têm o dever de fornecer um adequado suporte ao franqueado. Essa obrigação, embora clara, frequentemente é desrespeitada, levando a consequências legais significativas. O artigo 4º da referida lei menciona que o franqueador deve fornecer, entre outros aspectos, a assistência técnica, treinamento e apoio na promoção do negócio.
Aspectos de Responsabilidade Civil
Diante da inobservância dessa obrigação, a franquia pode ser responsabilizada civilmente pelos danos ocasionados. É aqui que a teoria do risco se torna relevante: a franqueadora, ao assumir o papel de suporte, gera um dever de cuidado implícito. A jurisprudência tem reforçado essa posição, como demonstram decisões que delineiam a responsabilidade do franqueador pela má gestão do relacionamento contratual.
O Papel do Advogado na Mediação de Conflitos
O advogado que atua em casos de franquia precisa estar atento às nuances dos contratos e a legislação pertinente. A análise detalhada do contrato de franquia é essencial para identificar possíveis falhas na prestação de suporte e para orientar o franqueado sobre seus direitos e deveres. Além disso, cabe ao advogado mediar a relação entre as partes, buscando a solução mais adequada, muitas vezes através de mecanismos alternativos de resolução de conflitos, como a mediação e a arbitragem.
Consequências da Quebra de Contrato
As consequências de uma quebra de contrato podem ser severas. Como especialistas na área, os advogados devem estar preparados para agir, buscando não apenas a reparação de danos, mas também a manutenção da boa-fé contratual, que é um princípio basilar das relações empresariais. A busca pela compensação por perdas e danos e o cumprimento das obrigações contratuais devem ser tratados com a devida diligência.
Perspectivas Futuras: Como se Prevenir?
Um ponto crucial que advogados e seus clientes devem considerar é a elaboração de cláusulas contratuais detalhadas que abordem claramente as responsabilidades da franqueadora. A inserção de métricas de avaliação de desempenho pode servir como um instrumento eficaz para a prestação de contas.
Além disso, a formação contínua em legislações e práticas de franquias torna-se imprescindível para a segurança jurídica tanto dos franqueadores quanto dos franqueados. O mercado de franquias é dinâmico e exige dos advogados um alto grau de especialização.
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Autor: Ana Clara Macedo