Encerramento de Execuções Fiscais: Uma Análise do Impacto no Sistema Judiciário Paulistano
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) registrou um marco significativo no ano de 2025, ao encerrar mais de 4,6 milhões de execuções fiscais. Este fenômeno, que incide diretamente sobre o cotidiano jurídico, levanta questões essenciais que demandam a atenção dos profissionais da advocacia. Como esses números impactam a prática diurna dos advogados? E, mais importante, quais implicações jurídicas podem advir dessa massiva finalização de processos?
A Relevância do Encerramento em Massa
O encerramento de um número tão elevado de execuções fiscais no TJ-SP sinaliza uma possível reavaliação dos procedimentos que envolvem a cobrança judicial de dívidas tributárias. Este cenário é particularmente relevante em um momento onde as empresas buscam eficiência e celeridade em seus litígios.
O artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal de 1988 assegura a todos o direito à ampla defesa e ao contraditório. Neste contexto, a promoção de um rito processual que prioriza a resolução célere de disputas fiscais pode ser vista como uma medida positiva diante do transbordamento dos cartórios judiciais.
A Análise dos Números
Além do alto número de execuções encerradas, é crucial analisar o perfil dessas ações. A reconsideração do Judiciário em relação a questões como prescrição, decadência e a troca de enfoque nos métodos de cobrança pode ter gerado uma onda de arquivamentos ou desistências de ações por parte da Fazenda Pública.
Esses dados levantam inquietações sobre a atuação dos advogados. Como os profissionais devem se preparar para lidar com essa nova dinâmica? O uso da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) e da Lei de Execução Fiscal (Lei nº 6.830/1980) se fará ainda mais relevante para garantir a defesa adequada dos interesses dos contribuintes.
Implicações Práticas para Advogados
- Oportunidade de revisão contratual: Com a diminuição das execuções, os advogados devem orientar seus clientes sobre a necessidade de revisar contratos e dívidas tributárias, evitando futuros problemas com a Fazenda.
- Atuação preventiva: A prevenção é uma estratégia essencial; promover um melhor planejamento tributário pode evitar novas execuções no futuro.
- Recurso a meios alternativos: Medidas como acordos extrajudiciais devem ser cada vez mais utilizadas, evitando a morosidade do processo judicial.
Jurisprudência em Foco
Em consonância com o que estabelece a súmula 391 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que versa sobre a natureza das execuções fiscais e sua predileção pelo rito especial, os advogados devem estar atentos à interpretação das normas, buscando sempre a melhor estratégia de defesa para seus clientes.
Conclusão
O desafio agora para os advogados reside na adaptação a essa nova realidade, capitalizando as oportunidades oferecidas pela celeridade e pela resolução eficaz de litígios. A preparação e a atualização constante frente a essas mudanças são cruciais para o sucesso na atuação profissional.
Se você ficou interessado na atuação em execuções fiscais e deseja aprofundar seu conhecimento no assunto, então veja aqui o que temos para você!
Autor: Eduardo Ribeiro