Honorários de Sucumbência: O Impacto do Indeferimento da Desconsideração da Personalidade Jurídica
No cenário jurídico atual, a interpretação das decisões judiciais é fundamental. Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proferiu uma decisão que traz implicações significativas na prática forense: o indeferimento da desconsideração da personalidade jurídica gera, sim, honorários de sucumbência. O que isso significa para a atuação dos advogados? Quais são os desdobramentos dessa decisão nos processos em curso?
Contexto da Decisão do STJ
A decisão do STJ refere-se a um caso em que a parte autora pleiteou a desconsideração da personalidade jurídica de uma empresa, buscando a responsabilização pessoal dos sócios. Contudo, o pedido foi indeferido pelo tribunal de instância inferior. De acordo com a jurisprudência consolidada, o indeferimento deste pedido pode e deve repercutir nas questões relativas à sucumbência.
Honorários de Sucumbência: Base Legal
Os honorários de sucumbência estão previstos no artigo 85 do Código de Processo Civil (CPC), que estipula que a parte vencida na demanda judicial é responsável pelo pagamento dos honorários advocatícios da parte vencedora. Esse dispositivo é essencial para garantir a justiça processual e a isonomia entre as partes litigantes.
Além disso, quando a desconsideração da personalidade jurídica é indeferida, a parte requerente se torna a vencida na lide, o que desencadeia a responsabilidade pelo pagamento dos honorários pela sucumbência. O artigo 98 do CPC, que trata da gratuidade da justiça, não afasta essa obrigação, salvo nas situações expressamente previstas na legislação.
A Implicação na Prática Jurídica
Com a decisão do STJ em foco, os advogados devem estar atentos à forma como peticionam e estruturam seus pedidos. A clara compreensão de que o indeferimento de pedidos relacionados à desconsideração da personalidade jurídica pode acarretar a condenação em honorários de sucumbência deve ser um ponto a ser abordado nas estratégias de defesa ou acusação.
Os operadores do Direito precisam, portanto, garantir que suas peças processuais estejam bem fundamentadas e que o pedido de desconsideração esteja claramente justificado, evitando, assim, o indeferimento e as consequências negativas ligadas à sucumbência. A prática nos mostra que o descuido nesse aspecto pode não apenas resultar na perda do pedido, mas também em uma situação financeira desfavorável para o cliente.
Considerações Finais
Diante da recente decisão do STJ, torna-se imperativo que os advogados revisem suas abordagens na formulação de pedidos de desconsideração da personalidade jurídica. O controle rigoroso sobre as alegações e o embasamento legal podem não só evitar o indeferimento, mas também preservar os interesses financeiros dos clientes envolvidos.
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Autor: Ana Clara Macedo