STF inaugura exposição com processos emblemáticos do Brasil
Em uma ação histórica que alia memória, cultura jurídica e educação cívica, o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu ao público, nesta semana, a exposição “Supremo e a Construção da Democracia no Brasil: Processos que Marcaram Época”. A mostra ocupa o Espaço Cultural Ministro Menezes Direito, localizado nas dependências do próprio STF, e apresenta uma curadoria documental que contempla julgamentos que definiram os rumos jurídicos e políticos do país.
Um acervo de impacto à luz da Constituição
A exposição reúne desde processos de crimes políticos da Primeira República ao julgamento do Mensalão (Ação Penal 470), transitando por cassações no Estado Novo, Habeas Corpus emblemáticos durante a ditadura militar, até julgamentos paradigmáticos do século XXI.
As decisões, apresentadas ao público em suas manifestações originais — petições, despachos, votos, acórdãos —, encontram amparo normativo na Constituição Federal de 1988, sobretudo no artigo 5º, que garante os direitos fundamentais, e no artigo 102, que define a competência do STF.
Julgamentos paradigmáticos em exposição
- Habeas Corpus 82.424, de 2003, que libertou o jornalista William Waack, simbolizando a transição democrática e a liberdade de expressão;
- ADI 3510, que tratou da constitucionalidade da demarcação de terras indígenas, discutindo o marco temporal;
- Ação Penal 470 (Mensalão), marco histórico no combate à corrupção, que teve intensa repercussão nacional e internacional.
A memória como função do Judiciário
Além do valor documental e histórico, a exposição reitera o papel do Judiciário como vetor de formação da cidadania. Ao tornar públicos documentos outrora restritos, o STF assume sua função transparente e pedagógica, em consonância com os princípios da publicidade e da legalidade administrativa, conforme disposto no art. 37 da CF/88.
Contextualização jurídica e educacional
Com visitação gratuita ao público, a iniciativa espera atrair estudantes de Direito, advogados, magistrados e entusiastas da história republicana, servindo como ferramenta de preservação da memória jurídica nacional.
É oportuno destacar que o STF, pela Resolução nº 742/2022, firmou compromisso formal com ações de transparência ativa e fomento à memória institucional, o que embasa juridicamente a iniciativa agora concretizada.
Se você ficou interessado na exposição jurídica do STF e deseja aprofundar seu conhecimento no assunto, então veja aqui o que temos para ocê!
Assinado,
Memória Forense