Herman Benjamin denuncia uso do Judiciário como arma política

Herman Benjamin denuncia uso do Judiciário como arma política

Durante o lançamento do Anuário da Justiça Brasil 2025, o ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), proferiu um discurso contundente no qual alertou para os graves riscos que recaem sobre o Judiciário brasileiro ao permitir sua instrumentalização político-partidária. Em linguagem firme e embasada juridicamente, Benjamin criticou a crescente judicialização da política e a politização da Justiça.

Judiciário não é instrumento de campanha

Para o decano do STJ, não se pode tolerar que o Poder Judiciário sirva como palco de guerras ideológicas disfarçadas de ações legais. Invocando os princípios constitucionais da imparcialidade (art. 5º, XXXVII, da CF) e da independência dos Poderes (art. 2º da CF), Benjamin asseverou que decisões judiciais que buscam agradar plateias ou vingar derrotas políticas não só violam a Constituição como colocam o sistema democrático em xeque.

A banalização da judicialização

Herman Benjamin criticou ainda a “banalização da judicialização da moralidade pública” e afirmou que, muitas vezes, magistrados, procuradores e partes atuam em juízo não para resolver litígios reais, mas para manipular o noticiário. “O Judiciário não pode ser transformado em um ringue onde se travam disputas político-partidárias mascaradas com argumentos jurídicos”, disse.

Consequências jurídicas e institucionais

  • A segurança jurídica é profundamente afetada quando juízes se deixam guiar pela opinião pública ou por motivações políticas.
  • A imparcialidade do magistrado torna-se questionável, ofendendo o art. 254 do Código de Processo Penal que trata da suspeição.
  • O Estado de Direito perde sua força quando sentenças visam mais o aplauso social do que a manutenção da legalidade.

Condenação ao lawfare

Benjamin citou nominalmente o fenômeno do lawfare — uso estratégico do Direito para fins de perseguição política — como um dos principais perigos contemporâneos à democracia. Ele relembrou que a atuação parcial e ativista dos agentes legais pode destruir reputações, afetar eleições e distorcer o próprio funcionamento das instituições.

Redemocratização em risco

Com conhecimento histórico, o ministro afirmou que existe uma diferença clara entre “justiça constitucional” e “justiça de palanque”. A primeira protege os direitos e garantias fundamentais, conforme previsto no art. 5º da CF. A segunda destrói a democracia usando a legitimidade do Poder Judiciário como camuflagem.

O papel da advocacia

O discurso de Benjamin também instigou a comunidade jurídica à reflexão: “Cabe também à advocacia resistir às tentativas de deslegitimar o Judiciário como poder técnico e garantidor dos direitos.”

Ele reforçou que o advogado tem papel fundamental no equilíbrio democrático e deve sempre denunciar tentativas de instrumentalização judicial, conforme preceitua o Estatuto da OAB (Lei 8.906/94), especialmente nos artigos 6º e 7º.

Se você ficou interessado na atuação do Judiciário e deseja aprofundar seu conhecimento no assunto, então veja aqui o que temos para ocê!

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