Advocacia Predatória: Um Novo Desafio para o Direito Agrário
Recentemente, uma decisão judicial deixou o meio jurídico em polvorosa ao reconhecer a prática de advocacia predatória em ações contra uma empresa agrícola. Este evento coloca em evidência uma questão central: até que ponto a atividade advocatícia pode ser considerada exagerada e abusiva? Especialistas em direito agrário e processual civil devem atentar para as implicações desta prática, que pode resultar em medidas severas por parte do Judiciário.
O Que é Advocacia Predatória?
A advocacia predatória é um conceito que se refere à crescente utilização de ações judiciais como estratégia comercial, visando ganhos financeiros às custas da exposição e exploração indevida de empresas e indivíduos. O reconhecimento dessa prática foi delineado na jurisprudência, onde tribunais têm buscado coibir excessos que desvirtuem a função social do exercício da advocacia.
A Decisão Judicial
Na Ação Civil Pública ajuizada contra a empresa agrícola, o juiz responsável comprovou a existência de uma série de ações repetitivas, com argumentos frágeis e pouca fundamentação jurídica. Esse comportamento foi reinterpretado como um abuso, configurando um fenômeno de advocacia predatória. O magistrado, ao proferir sua sentença, utilizou a Lei n.º 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor) como base, relembrando que o abuso do direito é vedado pelo ordenamento jurídico, conforme estipulado no artigo 187 do Código Civil.
Implicações Práticas para os Advogados
Esta recente decisão traz questões urgentes e relevantes para a atuação dos advogados, as quais podemos destacar:
- Atenção aos Fundamentos Jurídicos: Advogados devem revisar rigorosamente os fundamentos de suas ações, evitando alegações infundadas que possam ser interpretadas como excessos.
- Visibilidade e Responsabilidade: Com a crescente vigilância das instâncias judiciais, é imprescindível que os profissionais do Direito compreendam a responsabilidade que acarretam no exercício da advocacia.
- Reputação Profissional: A prática da advocacia predatória pode reverberar negativamente na reputação do advogado, afetando suas relações comerciais e de confiança no mercado.
A Jurisprudência Em Foco
Além da Lei n.º 8.078/1990 e do artigo 187 do Código Civil, o ambiente jurisprudencial em torno da advocacia predatória tem se intensificado com decisões que visam coibir práticas abusivas. O § único do artigo 4º da Lei n.º 9.784/1999, por exemplo, preconiza a função social da atividade, o que reforça que a atuação do advogado deve sempre estar alinhada aos princípios da ética e da função do Direito.
Considerações Finais
Por fim, a recente decisão sobre a advocacia predatória levanta um debate crucial sobre os padrões éticos e as responsabilidades profissionais que os advogados devem respeitar. Ao lidar com ações judiciais, é fundamental manter a integridade e a função social do direito, lembrando que a advocacia não deve ser um mero negócio, mas uma profissão comprometida com a justiça e a equidade.
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Autor: Eduardo Ribeiro