Fortalecimento das Defensorias Públicas: A Relevância dos Indicadores Padronizados
Em um contexto jurídico onde a equidade e o acesso à justiça são imperativos, a adoção de indicadores padronizados na atuação das Defensorias Públicas emerge como um passo crucial para sua afirmação e fortalecimento. Mas como esses indicadores podem realmente transformar a prática dos profissionais do direito e impactar o atendimento ao cidadão? Será que eles são o caminho para garantir um sistema de justiça mais eficiente e acessível?
O Cenário Atual das Defensorias Públicas
As Defensorias Públicas desempenham um papel vital na promoção dos direitos humanos e na defesa do acesso à justiça, conforme estabelecido no artigo 134 da Constituição Federal. “A Defensoria Pública é a instituição responsável por prestar assistência jurídica gratuita e integral aos cidadãos que não possuem condições financeiras de arcar com os custos de um advogado particular.” Contudo, a realização plena dessa missão frequentemente enfrenta desafios. A falta de diretrizes claras e de uma avaliação sistemática das atividades desempenhadas prejudica a efetividade de sua atuação.
A Importância dos Indicadores Padronizados
O uso de indicadores padronizados encontra respaldo no princípio da eficiência, previsto no caput do artigo 37 da Constituição, que estabelece que a administração pública deve efetuar suas atividades de forma eficaz. A definição de métricas comuns possibilitará que as defensorias realizem comparações entre suas práticas e resultados, contribuindo para melhorias contínuas nas suas abordagens.
Entre os benefícios esperados com a adoção de tais indicadores, podemos destacar:
- Melhoria da transparência nas ações das defensorias;
- Aumento da capacidade de resposta às demandas da sociedade;
- Promoção de uma cultura de accountability;
- Facilitação do planejamento estratégico e orçamentário.
Desafios e Perspectivas Futuras
No entanto, a implementação dos indicadores padronizados não está isenta de desafios. É essencial que haja uma mobilização entre as instituições, reizendo-se no pacto federativo e na colaboração entre governo federal e estadual. Sem esta sinergia, corremos o risco de ver esforços desarticulados, amparados por legislações como a Lei 13.431/2017, que estabelece diretrizes para o atendimento das crianças e adolescentes vítimas de violência, e que exigem maior preparação das defensorias.
Além disso, a capacitação contínua dos defensores públicos e do quadro administrativo é primordial. Citar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996) é pertinente aqui, pois estabelece a formação de um quadro técnico devidamente treinado, apto a utilizar os novos critérios de avaliação e gestão.
O Papel do Advogado na Transformação do Sistema
A presença do advogado é fundamental para a efetividade das Defensorias Públicas. Em um contexto onde o acesso à assistência jurídica é uma questão de direitos fundamentais, a colaboração entre advogados privados e defensores públicos pode criar uma rede de apoio que amplie o alcance e a eficácia das ações judiciais e extrajudiciais.
Como advogados, devemos nos posicionar como agentes de mudança e apoiar a consolidação de práticas que garantam a melhoria da justiça. É imperativo participar ativamente em discussões e capacitações que visam implementar as métricas que possibilitarão um quadro de atuação mais robusto e eficaz.
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(Autor: Maria Eduarda M.)