EUA sob tensão jurídica: estado de sítio declarado por Trump em momento crítico
Em uma iniciativa considerada histórica e controversa, o ex-presidente Donald J. Trump decretou, em abril de 2025, o estado de sítio em determinadas regiões dos Estados Unidos da América, alegando ameaça grave e iminente à ordem constitucional. A decisão repercutiu fortemente no mundo jurídico, suscitando debates entre constitucionalistas, criminalistas e analistas políticos sobre a legalidade, legitimidade e os efeitos dessa medida excepcional.
Fundamentos legais e controvérsias em torno da declaração
De acordo com especialistas em Direito Constitucional norte-americano, a declaração de estado de sítio encontra respaldo na Insurrection Act de 1807, que autoriza o uso excepcional de forças militares federais para reprimir insurreições civis ou desordens graves quando a aplicação regular das leis é impraticável.
Contudo, a medida adotada por Trump levanta questionamentos quanto à sua proporcionalidade e motivação política, sendo comparada por juristas à suspension clause do Artigo I, Seção 9, Cláusula 2 da Constituição dos EUA, que trata da suspensão do Habeas Corpus apenas “em casos de rebelião ou invasão.”
Impacto jurídico nacional e internacional
A repercussão ultrapassou as fronteiras americanas. O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas divulgou nota alertando que a suspensão de liberdades civis deve estar em conformidade com os princípios do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, ratificado pelos EUA em 1992.
Especialistas brasileiros também manifestaram preocupação. O jurista Carlos Almeida Ribeiro, professor da UFRJ, afirmou que “há um risco grave de banalização do estado de sítio, afetando negativamente a cultura constitucional do hemisfério ocidental”.
Jurisprudência comparada e lições ao ordenamento jurídico brasileiro
O episódio reabre debates em território nacional sobre os limites do art. 137 da Constituição Federal de 1988, que prevê a decretação do estado de sítio apenas sob condições rigorosas:
- Estado de defesa previamente decretado;
- Grave comoção de repercussão nacional ou ocorrência de guerra;
- Autorização expressa do Congresso Nacional.
A comparação com o caso norte-americano evidencia os riscos envolvidos quando tais medidas são tomadas sem criteriosa fundamentação legal e sem respaldo no regime democrático.
Implicações Políticas e Reações da Suprema Corte
No front político, opositores classificaram a manobra de Trump como uma tentativa autoritária de controle institucional em meio ao julgamento pendente de diversas ações criminais contra o ex-presidente. A Suprema Corte norte-americana foi provocada por entidades civis e partidos oposicionistas, exigindo análise de constitucionalidade da medida com base no arcabouço jurisprudencial anterior estabelecido no caso Youngstown Sheet & Tube Co. v. Sawyer (1952), que limitou razoavelmente os poderes do Executivo em tempos de crise.
Considerações finais
A decretação do estado de sítio por Trump deve ser vista com rigor e prudência pelos operadores do Direito, servindo como alerta para democracias constitucionais sobre a importância da separação dos poderes e da limitação jurídica das medidas emergenciais.
Por Memória Forense
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